quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Violência genuína

Triste do país que tiver como modelo icônico da liberdade de expressão um programa televisivo como o CQC. Mas não tem jeito. Diante de uma programação pífia e medíocre que nos é oferecida como prato principal desse “micro-ondas de informações”, é talvez a melhor opção de um cardápio ralo e repleto de gororobas do entretenimento. Os canais abertos não saíram da década de 70, no pior sentido da comparação. Falar que os discípulos evangélicos e globais do SBT são pura baixaria é algo tão lugar-comum quanto eufêmico. Em compensação, os enlatados da TV a cabo nos dão a sensação de que estamos diante daquelas televisões de cachorro de padaria, todas idênticas no domingo à tarde, em que o frango assado gira ininterruptamente, numa mesma cena, num mesmo eixo. Se programa de TV virou commodities, ao menos o CQC estabelece um mínimo diálogo com a linguagem cibernética, lacônica e infame do público massivo de hoje. Seja pelo imediatismo da matéria, pela suposta irreverência ou pela aproximação com algumas tendências da comunicação, como as redes sociais, por exemplo. Diferentemente dos siberianos, enfadonhos e retrógrados Altas Horas ou Amor e Sexo, por exemplo, que expõem a moçada como figurantes, usam gírias mas não passam de cartoons colorizados da época de Gil Vicente. O Custe o que Custar é palco publicitário para os aspirantes a ator de stand-up comedy. Toca nas feridas políticas de modo tão sintético e limítrofe quanto a capacidade de armazenamento do Twitter. Ainda assim, rende os assuntos mais saborosos das conversas de escritório das manhãs de terça-feira, já que o período matutino de segunda e quinta é monopolizado pelos bocejantes comentários futebolísticos. E, depois de tantas voltas, é sobre ele que eu me proponho a falar. Voltando ao tema: a democracia no Brasil consolidou-se de forma tardia, capenga e burra. Quase todo dia, encontramos provas mais do que evidentes, em todos os níveis possíveis e nas mais diversas esferas sociais, do autoritarismo do poder de expressão, da coibição sobre a pluralidade de pensamento, da restrição ao diálogo aberto. O povo brasileiro, de um modo geral, ainda não está acostumado ao confronto sadio de ideias. Não sei dizer, e seria arrogante da minha parte, atribuir a culpa sobre esse regime social stalinista, obtuso e intestino à política e aos políticos brasileiros. Talvez o problema seja muito maior e a raiz, muito mais profunda do que isso. Mas séculos e séculos de um sistema patriarcal, de sucessivos governos em que o líder de uma nação é considerado o “pai do povo”, aquele que dá pirulito à criança que se comporta direitinho e palmadinha no bumbum dos mais rebeldes, fomentaram esse comportamento patológico pouco flexível ao pluralismo ideológico. Fazemos parte de uma massa sem vontade própria, regida pelos mandos e desmandos de um tutor-coronel da república do café e das capitanias hereditárias da macaxeira. E isso se reflete até mesmo na escala zero da pirâmide hierárquica. Basta entregar a um desdentado uma arma, um coldre e um colete à prova de balas com o bordado “segurança” nas costas que o indivíduo já se sente “toridade”, com poderes atribuídos por ele próprio de tapar com a mão as lentes da câmera e falar pro repórter “vai trabaiá, vagabundo”. Não, não é descrição preconceituosa da minha parte não. É um fato registrado pelo VT da Rede Bandeirantes que, em última instância, é o resíduo podre e caduco dos tempos da ditadura. Se esta atitude milica, muito mais uma vontade de provar a ascensão social do que ter a plena consciência do seu exercício do autoritarismo, ocorre já nas camadas de base, imagina então como se dá esse comportamento numa laia mais graúda. José Sarney, bastião das alianças espúrias que o governo do PT andou fazendo, também foi protagonista de um episódio vexatório que envolveu um entrevistador do referido programa. Ao tentar abordar o ex-Presidente e pedir explicações sobre os escândalos do Senado, o repórter Danilo Gentili foi fisicamente agredido pelo seu segurança pessoal. O bigodudo marimbondo de fogo dos maranhões esquivou-se da saia justa, mas as imagens constrangedoras renderam ao programa uma série de notícias, manifestações de repúdio ao sistema e votos de solidariedade ao apresentador. E, ao jagunço esclarecido do agreste, o delito rendeu, de acordo com o âncora Marcelo Tas, um processo judicial que, espero, não termine em pizza.

Se a história ao menos nos ensinasse que os fatos mais hediondos pudessem servir de escadaria para a maturidade, seria menos mal. Pagaríamos um preço – alto – pela apostila do crescimento e do desenvolvimento. Não é bem o que ocorre. A história se repete justamente pela recorrência de seus erros. No programa CQC do dia 30 de novembro, o repórter Rafael Cortez, novo integrante do quadro Controle de Qualidade, passou por uma situação semelhante e igualmente imperdoável quando foi dirigir uma pergunta a outro José, dessa vez, o Genoíno. Sinceramente, sou novato em matéria de CQC. Não sei se, nos primórdios, houve alguma rusga entre o deputado e a equipe do programa, ou algum tipo de situação mal-esclarecida. O fato é que o nobre constituinte, que já havia caído no meu conceito devido às suas recentes posições políticas, parece que enterrou de vez minha credibilidade depositada sobre ele e sua carreira de guardião da democracia. Um dos mais contumazes lutadores da resistência contra o regime militar, ex-preso político, torturado, participação ativa na questão Araguaia, talvez tenha saboreado o gostinho de estar do outro lado do poder. Em inúmeros programas anteriores, o ilustre parlamentar, no seu legítimo direito, jamais abriu a boca para conceder entrevistas ao CQC. Sempre sisudo, o político escapava das pegadinhas assim como os mensaleiros fogem da CPI. Tudo bem, confundir seriedade profissional com antipatia é perfeitamente perdoável. Sempre imaginei que esse semblante carrancudo fosse a caracterização de um Genoíno personagem de si mesmo. Mas dessa vez seu mau-humor foi longe demais. Em suas próprias palavras, o petista acusou o programa de pregar a violência (!?!), sem especificar com maiores detalhes a chegada a essa leviana conclusão. Até aí, talvez o atarefado e veterano deputado tenha confundido o imberbe repórter com o pessoal do Pânico, um programa semelhante no seu formato, mas muito mais apelativo, invasivo e campeão de piadas de mau-gosto. O quadro Controle de Qualidade é apenas uma espécie de Enem do Congresso, em que são testados rapidamente os conhecimentos mais elementares possíveis do dia-a-dia da política brasileira. Ainda que o gagá congressista tenha se exaltado e se sentido moralmente violentado no calor da situação, o que não passa de uma hipótese bastante precipitada pelo que as imagens indicam, nada justifica sua reação: uma discreta cotovelada em Rafael, daquelas feitas para a câmera não captar. Num país dito democrático, e com um partido que usou essa bandeira panfletária como alicerce para chegar ao poder, uma suposta “violência” não se rebate com violência. Pagar com a mesma moeda, nesse caso, só faz inflacionar o efeito negativo da situação. Ainda que proporcionalmente deselegante, o tal do “te pego na saída” seria mais sincero do que a cotoveladinha lateral, praticada em partidas de futebol por jogadores de mau caráter, que usam do golpe baixo pra levar vantagem e não ser vistos pelo juiz. Nos exames escolares realizados no país, recusar-se a responder a pergunta do professor é digno de nota zero. Fazer uma jogada violenta contra o adversário é algo pra cartão vermelho. Lembre-se disso na próxima vez em que praticar o exercício democrático do voto.

domingo, 25 de outubro de 2009

A Todo Volume

Do blues ao white

Um toco de madeira, arame esticado e fixo por pregos nas pontas, uma garrafa vazia de Coca-Cola e um amplificador. Pronto, pra que guitarra? Mais do que um prólogo, essa apresentação sintética e questionadora é a própria desconstrução do filme. A partir deste texto que leva ao risível estranhamento, toda a verdade absoluta cai por terra. Sim, uma terra vazia, árida e caipira. O cidadão provinciano que acompanha a montagem deste simplório instrumento é tão extraterrestre quanto o espectador diante da mágica de se poder extrair som do nada.

Esse preâmbulo ao mesmo tempo insólito e cativante demarca ou outro documento mais recheado, o filme propriamente dito. Trata-se de um registro do encontro entre três guitarristas, símbolos de suas gerações, realizado no começo do ano passado, com a finalidade de discutir este instrumento elétrico e, claro, tocar. Jimmy Page, ex-Led Zeppelin, é o ácido lisérgico dos anos 70. The Edge, principal coadjuvante do U2, é o grito de sobrevivência dos efêmeros anos 80. E Jack White, chef de cozinha do White Stripes, Racounteurs, Dead Weather e tantos quantos forem os seus futuros projetos, é a síntese dessa colcha de retalhos, desse copy-paste myspace musical que é o rock atual. Page é a página virada da história do rock. É a lenda-viva, e sua imagem até certo ponto icônica e distanciada é preservada como tal. É nos toscos registros de sua participação nos Yardbirds que podemos perceber que o mestre não só foi um dos principais conectivos entre o blues de raiz e o rock de arena, mas também é dele que vêm os primeiros verbetes do que podemos entender por música que faz a cabeça adolescente. Page é a referência intocada, a enciclopédia, é o papa de quem resiste e ainda prefere aprender música por meio de partituras de conservatório. Trazê-lo ao sarau elétrico e distorcido é nada mais do que fazer uma homenagem ao mestre de cerimônias que trocou as drogas pela alimentação vegetariana, o niilismo hippie pelo zen-budismo e Londres por Marrakesh e Porto Seguro. Já The Edge é a representação da escalada mais saborosa do punk ao pop. Ao ver o U2 tocar num estádio lotado, num show com aquela parafernália megalomaníaca, centenas de milhares de pessoas cantando suas músicas de cor e salteado, chega-se à conclusão de que o rock é tão incoerente quanto dissimulado de suas origens e de suas revolucionárias propostas. O hino de protesto das gerações sucumbiu aos downloads. Rock dá dinheiro, muito dinheiro, e The Edge não esconde seu comodismo em relação e esse confortável status quo. O guitarrista assume descaradamente sua afeição pelos programas de computador que reproduzem os acordes e as escalas. Se Jack White, lá no intróito, enterrou a guitarra, aqui The Edge enterra a figura do próprio guitarrista. Para a massa da multidão vibrar, basta o competente trabalho de um engenheiro de som e seu mais moderno software de fazer barulho. Já White, the last but not the least, muito pelo contrário, é talvez a figura mais emblemática porém a mais sincera do documentário. É quase a antítese minimalista de The Edge. A marcação do compasso de suas músicas é feita com o pé, dispensando qualquer aparato tecnológico. Em sua primeira banda, na verdade um dueto, o White Stripes, Jack descreve sua irmã Meg White como dotada de poucas habilidades artísticas, algo assim. Mas pra ele, não precisa mais do que isso. White demonstra ser o mais purista e sectário a navegar pelos primórdios do blues-rock. Isso sem falar no bônus track que ele nos apresenta. Introspectivo, de poucas palavras, recriando o gênero de si próprio, White é mais personagem do que compositor. Em seu chapéu-coco preto, em contraste com seu pálido rosto pó-de-arroz e sua camisa branca, lembra muito aquilo que Johnny Depp nos mostra no realismo fantástico de seu cinema. É o humor mal-humorado desse Buster Keaton das guitarras que nos reserva os momentos mais impagáveis. Se para reproduzir a história do Led Zeppelin são necessárias incontáveis páginas de arquivos do rock, se para entender melhor o U2 deve-se recorrer a pesquisas no Google, já o White Stripes pode ser resumido em uma tirinha de HQ. A concepção gráfica desta banda restringe-se repetidamente a três cores básicas (preto, branco e vermelho). O bumbo da bateria, visto de longe, parece pirulito de criança. Os Listras Brancas provam que o rock talvez não seja sincero, mas é no mínimo cômico e caricato. E esse desfecho pouco ortodoxo sintetiza as contradições inerentes ao trio convidado. Mas para não correr o risco de cair em hermetismos acadêmicos ou tornar o documentário enfadonho aos ouvidos iniciantes, o diretor Davis Guggenheim faz a aposta segura de contar histórias. Ir direto ao assunto, ou seja, ensaiar durante horas num galpão e discutir rumos musicais é o cerne do documentário, algo tão essencial e inutilia truncat quanto a música crua e lacônica de White. Mas o diretor opta por preencher espaços narrando e trajetória das bandas que trouxeram fama aos músicos, e isso não é uma questão ao filme. Não está em jogo o malabarismo do baterista John Bonham ou o início de carreira do U2, banda despretensiosa que nasceu nos subúrbios da Irlanda em meio à crise econômica e política do país. A Todo Volume é, em sua essência, a entrega de White e seus riffs das artérias, que faz sangrar suas mãos ao dedilhar a guitarra, colorindo de vermelho o branco-e-preto de sua comportada indumentária, em detrimento ao automático apertar de botões de The Edge. Pensar o filme como uma coletânea de hits é um equívoco. Ele é muito menos do que isso e, portanto, muito mais.

2,5 lentilhas

domingo, 4 de outubro de 2009

Tirania semântica

A língua de um povo não é apenas uma forma de manifestar suas ideias e sua cultura, mas é também uma maneira de expor a distinção de classes sociais. Igual a roupa de shopping; calça de griffe é mais bem-vista do que artigo do Largo da Concórdia. O uso incorreto da língua, tal qual o uso incorreto de uma roupa, sofre a mesma discriminação. A norma culta, como o próprio nome diz, é um mecanismo seletivo para determinar quem, do ponto de vista linguístico, irá para o Céu ou para o Inferno. “Nós foi”, expressão dada como modelo do “falar errado” da classe mais baixa, é algo ridicularizado pela elite dita culta. Muito embora o emissor da mensagem consiga se fazer entender. Afinal, lá no enunciado “errado” consta exatamente quem fez a ação, o que fez e quando fez. Verbo concordar com sujeito, de acordo com a regra gramatical castiça, é apenas um capricho da Flor do Lácio. Uma redundância capaz de reprovar alunos, apesar da plena compreensão do seu significado.

Todavia, essa mesma língua que nos faz capaz de se comunicar na sociedade também pode nos ser traiçoeira. Estamos, afinal, diante de um tribunal de Justiça? Parece, porque pelo que vejo existe nos alfarrábios léxicossociais o “pouco errado” e o “muito errado”. A sociedade, cruel ao condenar o verbo singular de um sujeito plural, é a mesma que pode perdoar o uso incorreto de infinitivos, por exemplo. Mais por ignorância do que bom-mocismo, talvez. “A nível de”, um erro considerado “classe média”, não sofre as mesmas represálias. O tão-falado gerundismo, modinha de sarcasmo, virou algo condenável só porque se lançou uma corrente em algum lugar do país condenando o uso deste tempo verbal. Duvido que tenha havido algum tipo de consulta antes de sua reprovação. “Ele vai estar fazendo”, frase generalizadamente atribuída aos operadores de telemarketing, sabe-se que está incorreta do ponto de vista erudito. Mas “ele deve estar chegando” está correta. Alguém me explica?

Frente a essa tolerância classista não posso deixar de citar os comerciais da campanha sobre a fusão Banco Real / Banco Santander, com uma série de testemunhais aprovando a junção dos benefícios. Em um dos depoimentos, uma moça aparentemente de classe média, moderna, descolada, gestual descontraído, me solta: “uma matematicazinha”. Diante do contexto, a frase até que soou apropriada e toda a sua performance, bem-vinda. Mas os puristas linguísticos, aqueles mesmos que colocariam o suposto caipira do exemplo acima na guilhotina, não poderiam aceitar essa agressão vernacular. Matemática é uma ciência, um estudo, um assunto tratado no singular por sua grandeza e por sua incompatibilidade semântica em se enumerar. É o mesmo que dizer “vou à feira trazer umas biologiazinhas”. Se a astronete tivesse dito “umas continhas” ou algum sinônimo, vá lá. Mas a Língua Portuguesa, cada vez mais, está virando passarela verborrágica: lança uma novidade, chama a atenção, exibe-se diante dos curiosos holofotes e depois sai de cena. Nossa língua pátria é móvel, é dinâmica, é corrente, sujeita a alterações sem prévio aviso, tal qual o pensamento do nosso povo. Mas é inaceitável acatar com esse comportamento de segurança de bar: deixar entrar alguns erros VIP, barrar outros.

Tirania estética

Cá estou eu novamente a falar de um comercial de cerveja da marca Schin. Melhor pra eles; falem mal, mas falem de mim. Antes uma empresa que impõe conceitos sem medo de errar a uma empresa acomodada, que só veicula apostas seguras. Trata-se de um comercial de um jovem comum, desses que trabalham em um escritório comum, e que se submete cegamente aos mandamentos de uma voz em off pra ficar com uma melhor aparência e, portanto, conquistar as mulheres. Por trás de uma suposta filosofia de vida democrática “seja você mesmo” existe uma falsa premissa. Ao trabalhar com a ironia para mostrar que toma partido do lado oposto, o filme-fariseu apenas reforça a ideia de que os homens têm total liberdade para se lixarem para o seu físico. Nesse sentido, redunda estereótipos ao invés de combatê-los. Sim, o franzino protagonista ficaria ridículo se fizesse bronzeamento artificial, mudasse o corte de cabelo, entrasse em uma academia. Afinal, o típico bebedor de cerveja, tal qual o concebemos, gordo e careca, não pode se submeter a essas déspotas regras sociais. Mas esse liberalismo estético, no filme, só é concedido aos homens. A mulher, que aparece somente no final, e num ângulo notadamente machista, não recebe essa alforria. Ou seja, a cerveja Schin, escancaradamente dirigida ao “sexo forte e macho”, oferece ao desleixado portador de testosterona a oportunidade ilusória de, sem precisar fazer qualquer tipo de esforço físico que não seja o de esvaziar um copo goela abaixo, conquistar o par de pernas torneadas do escritório. Bem como qualquer outro tipo de comercial do gênero.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Restaurant Week 2

Finalizando o roteiro, seguem minhas impressões desta terceira edição do evento. Posso dizer que a experiência como um todo foi bastante positiva, deixando saudades e um pequeno rombo na conta bancária. Mas pelo menos foi um gasto pra lá de saboroso.

Júlia: O forte da casa é a culinária que mistura o contemporâneo com a comida típica regional. E eles não fazem feio. Comida muito bem estudada e preparada. Pena que não é muito pro meu paladar. Os destaques do cardápio são lula, polvo, pato e galinha d’Angola. Tortinha de cupuaçu pra dar o toque final. Tudo muito caprichado. O serviço é impecável; a gerente veio até a nossa mesa umas 3 ou 4 vezes. Tudo perfeito, não fosse a distância que separa as especialidades da Júlia ao meu gosto. Mas aí o problema não é deles, é única e exclusivamente meu. 3,5 lentilhas.

Boa Bistrô: Na entrada, mais uma vez houve uma pequena confusão com reserva de mesa, mas a hostess rapidamente contornou o problema. Comida honesta, decente. Um caprichado ceviche de peixe de entrada, truta como prato principal e sorvete de gianduia pra finalizar. Tudo politicamente corretíssimo, do atendimento à gastronomia. O nome da casa faz jus ao seu produto: uma boa experiência. Nem péssima, nem ótima. 3 lentilhas.

Félix Bistrô: O local é bastante agradável, com plantações de algodão (?!) cercando o caminho e uma piscina no centro do ambiente. O atendimento é ótimo, prestativo e pró-ativo. Comecei com um crepe de alho-poró, bastante saboroso não fosse uma camada de molho de tomate que destoou da proposta. O salmão estava leve e saboroso. A sobremesa, uma torta de pera, foi o melhor da noite. 4 lentilhas.

Casinha de Monet: Quisemos fechar o roteiro com chave de ouro e, por causa disso, bateu aquela dupla sensação: a ansiedade pelo ótimo misturada ao medo da decepção, conforme ocorrido no encerramento de edições anteriores. E essa última aventura ficou mais próxima do excelente do que do terrível. A decoração da casa, bem feminina, é de quadros floridos e paredes de tons pasteis. A entrada do cardápio, rodelas de queijo de cabra quente sobre torradas e rúcula, está entre as melhores. O prato principal, filé mignon com risoto de queijo brie e abobrinha picada, embora convencional, estava bem caprichado. Pra encerrar, a sobremesa, pera ao vinho sobre camadas de massa folhada, era mais criativa do que saborosa. O único senão foi o serviço da casa, um pouco demorado e conduzido por garçons de pouca experiência no ramo da alta gastronomia. 4 lentilhas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Restaurant Week

Seja para prestar um serviço de utilidade pública ou apenas para satisfazer a curiosidade, achei uma boa ideia dar meu parecer sobre o "primeiro tempo" dessa terceira temporada.

Apenas para registro retroativo, os campeões campeoníssimos das edições anteriores foram Chakras e Obá. Gardênia, Caroline, Blú e Butique (ausente nesta temporada) foram bem avaliados. La Table e Forchetta foram as grandes decepções. Vamos lá ao resultado parcial nesta primeira semana, por ordem cronológica:

Quintal da Madalena: começamos bem mal. Houve uma confusão na reserva de mesa, demora demoradíssima em todas as etapas do processo: limpeza da mesa, entrega do cardápio (o menu Restaurant Week nos foi dado após o menu da casa, e não simultaneamente), anotação do pedido, entrega das bebidas (o gelo veio quase todo derretido no copo, o que deixou a bebida aguada), entrega da entrada (servida separadamente ao casal), encerramento da conta, etc. Nem o simpático e atencioso porém solitário garçom conseguiu suprir as falhas e dar conta do movimento. A saladinha de entrada estava honesta, porém o prato principal (miolo de alcatra) estava extremamente duro e, finalizando, o protocolar sorvete com profiteroles era bem sem-gracinha. Uma hora e meia de desgosto. Caldo.

Obá: já conhecíamos a casa, mas quisemos provar o jantar. Novamente, a cozinha contemporânea brasileira-mexicana-tailandesa não fez feio. Eu experimentei a pescada-amarela com legumes, levemente condimentada. A única ressalva é que houve um erro na conta (rapidamente corrigido) e na entrega da (maravilhosa) sobremesa, o que não atrapalhou a eficiência da casa. Pena que a demora do almoço nos fez "conversar com o estômago" até tarde da noite, portanto, nossa sugestão é contrabalancear o Obá com uma refeição bem leve. 4 lentilhas.

Maria Lima: uma grata surpresa que vem da emergente Vila Leopoldina. Serviço rápido, organizado e eficiente, culinária boa, dá vontade de repetir. Bem diferente do almoço de sábado. O filé de avestruz muito bem preparado. A sobremesa, caprichada. E o carpaccio de truta de entrada é campeão. 4,5 lentilhas.

Le Poéme: a grande surpresa. Excelente em tudo. Dá pra se notar que é bistrô de profissionais de primeira linha. O pargo com purê de mandioquinha e ovas de salmão dispensa comentários. E a sobremesa (crepe de avelãs com calda de tangerina e sorvete de framboesa) vai ficar pra história. Mjadra.

Santa Gula: o local (uma viela botânica num casarão rústico da R. Fidalga) é bem agradável, o serviço é correto, mas... e a comida? Bom, vamos lá. Antes de mais nada, é bom avisar que a casa trabalha com a marca Schincariol, portanto, seja bem específico ao pedir sua bebida e sua marca de coração. A entrada, um crepe de salmão, estava honesta. Já o prato principal me deu a impressão de que o estabelecimento estava se aproveitando da "onda" Restaurant Week e oferecendo bem pouco aos fregueses. O filé de frango ao molho mostarda tinha o tamanho das porções dos tradicionais restaurantes franceses e o sabor de um comum restaurante por quilo. No cardápio, onde se lia "batatas rústicas" de acompanhamento, trocou-se o preparo por batatas chips. A sobremesa (uma colher de suflê de chocolate) estava just OK. Não quero ser preconceituoso, mas essa dupla experiência consecutiva reforçou a minha impressão de que a Vila Madalena quer ser algo que não é. Tô cansado de ser enganado. 1 lentilha.

sábado, 11 de julho de 2009

A mosca da Folha

A Folha de São Paulo vem trabalhando sistematicamente para arrancar uma certa imagem estigmatizada de seu produto. Embora muito mais careta em relação aos saudosos anos 90, época em que havia um saboroso embate publicitário entre ela e seu principal concorrente, a campanha de uns anos pra cá vem focando a diversidade e a pluralidade de seus cadernos. Essa mensagem traduz que o jornal do Século XXI procura atingir a todos os públicos e, diferentemente do passado, é mais acessível e mais inteligível. Já o recente comercial de TV, entretanto, é um retrocesso nesse sentido. Pretensiosamente poético, o filme é uma compilação de citações que não querem dizer absolutamente nada. Um verdadeiro caô linguístico. Tendo como mote o primeiro verso de uma famosa cantiga folclórica, que até virou inspiração para música de Raul Seixas, o sarau publicitário é um moscardo em sua mais pura forma, tão niilista quanto fétido. Se por um lado o crédito dado aos principais colunistas em lettering dá credibilidade ao produto, por outro aquele amontoado pós-dadaísta coloca em xeque as suas opiniões e reflexões. Se estivéssemos enfrentando a ditadura militar, os himenópteros e tautológicos versículos até poderiam soar irreverentes. Mas não temos mais nem tempo nem vontade de ressuscitar o Pasquim. Com esta campanha, a Folha volta a resgatar a ingrata imagem que cultivava nos anos, 80, época em que tinha Matinas Suzuki como principal comandante. Tão amada quanto odiada, a Folha alimentava em suas neossintaxes a impressão de que era um órgão culturalmente elitista, hermético e centrípeto, modernoso e rabugento, produzido apenas para o deleite da inteligenzia brasileira. Ingenuamente, pensei que fosse aplainar seu semblante blasé por muito mais tempo. Terrível engano da minha parte. Eis que surge do nada a sopa de leguminosas concretistas, palatável somente para quem venera o pedestal do distanciamento.

Jackson, é óbvio

Quando ouvi a faixa cover Black or White do CD ao vivo do McFly, RadioActive Live in Wembley, pensei se tratar de uma puta coincidência. Afinal, o disco foi lançado aqui faz pouco mais de um mês. Premonição? Não creio. Se fosse, tal atitude mediúnica também deveria ser atribuída ao Fall Out Boy, que colocou Beat It como faixa bônus de seu último trabalho, também lançado este ano, ou até mesmo a esquisitíssima versão de Billy Jean que o ex-grunge Chris Cornell fez em carreira-solo há dois anos. No mundo do rock, atualmente, não sei por que cargas d’água é comum fazer versões de bandas ou artistas prestes a cair no esquecimento; nem tão recentes, para não parecer chupinhação descarada, nem tão antigos, pro disco não ficar com aspecto de obsoleto. Mas estes três exemplos contemporâneos dão uma boa ideia de como Michael Jackson estava sendo visto no universo da música pop. As dívidas do mito eterno não deixam dúvidas de que o astro já não era assim tão lembrado pelos seus fãs, o que estava se refletindo diretamente na vendagem de discos. Estes três grupos citados estavam apenas no seu papel de fazer o que a indústria fonográfica sabe fazer muito bem: reciclagem. A banda inglesa McFly talvez tenha dado mais sorte, por fazer o tributo em data tão próxima à morte do ídolo, o que talvez possa contribuir para o aumento de vendas do CD/DVD. Mas essa sincronicidade toda, creio eu, está longe de refletir poderes psíquicos paranormais dos conjuntos atuais. É mais uma remodelagem necessária ao ostracismo que os mecenas do rock evocam, que só ganha ares de reviravolta quando alguém vem a faltar nessa ciranda capitalista.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Perdendo a calma

Me causou uma certa tristeza ver a galeria Nova Augusta, ao lado do Cinesesc, com as portas fechadas. O espaço não vingou. Era vazio, tinha boas opções de comida, lojas mais ou menos alternativas e o culto declarado ao veganismo. Não tinha o aspecto desleixado de outlet, tampouco era pernóstico quanto os vizinhos da Oscar Freire. Uma pena. Rola uma boataria de que vai haver uma reforma para abrigar salas de cinema. Aguardemos ansiosamente. Falando em cinema, uma boa e atrasada notícia. O vizinho Cinesesc deixou um pouco de lado aquela formalidade burocrática toda e descontraiu seus músculos faciais. Aquele monte de sinalização obrigatória e restrição aos fumantes ficaram tímidos e apagados diante de algumas melhorias. O hall de entrada, além de comportar fotografias deslumbrantes, ficou mais com cara de lounge. Os banheiros foram transformados em camarins: lâmpadas ao redor dos espelhos e nomes de atores (atrizes, no feminino, segundo me disseram) nas portas dos sanitários. Faltou o nome de Daniel Filho em uma das batentes: ele só faz merda. Mesmo assim, Mastroiani e outras lendas receberam suas devidas homenagens. Mas a melhor mudança ficou por conta da vinheta obrigatória no início da projeção. Em vez de começar falando dos extintores de incêndio, porta antipânico e aquela baboseira toda, já vai direto ao ponto: a conversa paralela durante o filme. Em tom mais brincalhão do que a vinheta anterior, o novo produto satiriza quem usa o celular como lanterna ou fica a sessão inteira no maior falatório. Uma modificação bem-vinda, bem mais interessante do que aquela tenebrosa locução “Mantenha a calma”, facilmente confundida com “Não tenha calma”.

Lentilhas murchas

Mais uma vez, peço desculpas aos leitores pelas teias de aranha aqui no blog. Foram dias intensos, reviravoltos, com crises de ressaca, infernos astrais e a determinação forçada do fim de um ciclo. Mas vamos que vamos. O recomeço não deixa de ser um instigante desafio.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Obama

Ainda no pique de reciclar piadas antigas, lá vai mais uma em homenagem ao novo presidente norte-americano. A frase abaixo é uma síntese pra definir o cérebro de George W. Bush.

The right side has nothing left.
And the left side has nothing right.

A fome no mundo

Essa é meio antiga. Mas quando a piada é boa, merece se perpetuar.

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial com diversos líderes dos principais países. A pergunta era: "Por favor, diga honestamente qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo". O resultado foi desastroso, um fracasso total. Ninguém entendeu direito a pergunta.
Os noruegueses e dinamarqueses não entenderam o que é "escassez".
Os africanos não sabiam direito o que era "alimentos".
Os norte-americanos foram consultar no Google o significado de "o resto do mundo".
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião".
Os argentinos não sabiam o significado de "por favor".
E o Congresso Nacional ainda está debatendo sobre o que significa "diga honestamente".

Trabalho

Fiéis leitores, desculpem-me o sumiço. Tô com excesso de trabalho e alguns posts acumulados. Fiquem calmos, já listei meus futuros comentários e em breve atualizarei a página.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O peso da fama

Jogador de futebol pesando mais de 100 quilos e Rei Momo carnavalesco com "apenas" 91 quilos. Tá certo isso, ou eu perdi alguma coisa?

Chamando o Hugo

Ontem foi o dia do vômito. Voltando pra casa, quase meia-noite, deparo-me com aquela taturana gosmenta sedimentada no piso do ponto de ônibus. Ao adentrar o coletivo, descobri mais uma utilidade do saquinho de papel do Mc Donald’s. O passageiro regurgitante, sentado sozinho no assento duplo superior, ao lado de uma caixinha vazia do cheeseburger da marca, soltou aquela eructação líquida dentro do invólucro que segurava. Nunca vi antipropaganda tão convincente. Ao descer na estação Vila Mariana para fazer baldeação, a coincidência suja e porca me perseguiu. Sobre o ladrilho do terminal de ônibus havia outro rastro com pedaços amarelados da substância azeda, interrompido em seus contornos pelas estrias do solado de algum pisante. Ou os restaurantes da cidade fizeram um motim geral para vender comida estragada com vencimento em 2008, ou os bebuns paulistanos exageraram na birita e voltaram de bumba pra casa pra respeitar a Lei Seca.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Inspeção de araque

A idéia parece boa. A prática já é adotada em alguns países e funciona. O motivo primordial da implementação do rodízio de automóveis foi este: reduzir a poluição ambiental. Mas é bom lembrar que a gente está no Brasil. E, como em quase tudo o que se adota neste país, a divulgação é parcial e tendenciosa, a regularização é confusa, os procedimentos são burocráticos e a realização é lenta, muito lenta. Tudo para favorecer determinados interesses, não sei se dos despachantes, das indústrias montadoras ou do funcionalismo público de base. Parece uma dedução leviana da minha parte, mas acho que não é. A inspeção veicular dos automóveis e caminhões, adotada na ressaca do começo do ano, sem a infra-estrutura para atender a toda a demanda, já começou com problemas. Ao que parece, tudo na base do bom e velho jeitinho. Mal entrou em vigor, já fiquei sabendo que alguns caminhoneiros driblam a fiscalização, deixando seus empoeirados e venenosos veículos nos conformes durante os minutos da inspeção e, aprovados seus brutamontes poluentes, eles voltam aos mecânicos para refazer a adulteração de acordo com o estado inicial das máquinas, para obter maior rendimento e economia de combustível. Diante deste cenário pouquíssimo animador, pode ir se preparando para maus serviços, focos de propina e atitudes de má-fé no futuro próximo. Isso sem falar na incoerência da norma em si. Não dá pra se levar a sério uma lei que controla apenas os carros produzidos a partir de 2003, quando as montadoras já começaram a instalar equipamentos antipoluentes e catalisadores mais modernos, de acordo com critérios mais exigentes. É óbvio que quem espirra sujeira no ar são as latarias velhinhas ou mal-conservadas. Não soube da fonte, mas ouvi dizer que alguma eminência parda explicou a medida alegando que proprietários de automóveis mais antigos mal conseguem pagar suas taxas em dia e quitar suas dívidas, quanto mais se submeter ao pagamento compulsório de R$ 52 pra avaliar as condições de seu bem físico. Uma justificativa no mínimo preconceituosa. Sabemos que existe uma minoria que opta pelo tão sonhado carro zero e, para essa realização, entre num poço sem fundo de dívidas. Eu, por exemplo, tinha um carro senil, com mais de 10 anos de uso, e nunca levei uma multa, nunca deixei uma pendência em aberto, sempre paguei em dia e à vista todos os tributos. Se é para o governo fazer caixa num ano potencialmente crítico nas finanças, que pelo menos saiba fingir direito. Ninguém agüenta mais cair no conto do kit dos primeiros-socorros. Se existe uma segunda intenção por trás da camisa de um ar mais respirável, isso mostra o quão poluído está o ambiente dos nossos representantes políticos.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tecnologia por água abaixo

Uma boa e uma má notícia. A boa é que, finalmente, no dia 16 de janeiro, será inaugurada a primeira sala de cinema da América Latina com a tecnologia IMAX. Essa inovação acontecerá no Espaço Unibanco Pompéia, Shopping Bourbon. O projeto conta com um exclusivo sistema de movimento de filme, o rolling loop, em que duas faixas de filme correm simultaneamente, evitando aquelas tremidas ou imagens borradas. Uma tela de design específico, a maior do mundo, e um sistema de som surround sound numa sala geometricamente criada para dar o efeito de “estar dentro do filme” completam a novidade. A má notícia é que a programação inaugural será com um biodocumentário canadense, dublado, Fundo do Mar, dirigido pelo ilustre desconhecido Howard Hall. Quem esperava ver ali a estréia de Spirit, o relançamento de Batman ou até mesmo um Coração de Tinta da vida, rico em efeitos especiais e pobre de densidade cinematográfica, vai se decepcionar um pouco. Ninguém merece tamanho investimento pra conferir de perto os golfinhos e as algas marinhas de um National Geographic qualquer. Ainda que a experiência valha a pena, os curiosos devem ir preparados: ingressos a R$ 30 (meia, R$ 15) de sexta a quarta e, não sei por quê, valores diferenciados na quinta-feira, R$ 20 / R$ 10. Se o cinema é pura ilusão, esse acontecimento cultural desilude.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Inferno astral

Começou meu inferno astral. Na virada de sábado pra domingo a sensação era bem estranha. Deprê de fim de festa, de balada mal-acabada. Começo de ano é sempre aquele mistério, aquela cartomante que visualiza mudanças, aponta pra gente lições de otimismo mas não indica exatamente o que vai acontecer. E exatamente um mês depois dessa chuva de promessas vem meu aniversário, cuja contagem regressiva se embala em dias cinzentos que não sabem se querem ser de sol ou de trovoadas.

Snif

Fim de ano é mesmo uma época de chororô. No cinema eu vi Quando Você Viu seu Pai pela Última Vez, há um tempo atrás. Depois veio O Menino do Pijama Listrado. E nesses dias eu me debulhei com Marley e Eu e Sete Vidas. Desse jeito, vão ter que montar um quiosque só pra vender lencinho de papel.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Perspectivas 2009

Sem sair do lugar-comum, depois da retrospectiva vêm as perspectivas. Aí vai minha lista das previsões para o ano que chega, uma mistura de vontades, desejos, perspectivas e metas, tanto minhas quanto do país.

- Comprar panetones em janeiro, metade do preço
- Driblar a crise econômica com estilo e sabedoria
- Fazer uma festa legal de aniversário
- Prorrogar o frila, quem sabe rumo a uma efetivação
- Voltar a escrever sobre cinema em profundidade e perspectiva
- Itaunibanco: uma força para a economia, sem escândalos financeiros, atendendo o cliente da maneira que ele merece
- Frilas, muitos frilas: mais dinheiro e menos trabalho
- Concurso cultural: vamo que vamo, a iniciativa deu super certo
- CDs argentinos, já que o mercado brasileiro tá escasso
- Voltar a freqüentar as baladinhas do Centrão
- Shows: faz tempo
- Perder peso
- Pegar aquele CD com arquivo zipado e treinar o curso básico de DJ
- Ganhar o reembolso do Google pelos links patrocinados no meu blog

Balanço 2008 - continuação

Com um certo atraso, queria dar uma turbinada na lista de 2008. Fiquem à vontade para acrescentar outros itens.

Piores:
- Ataques de Israel na Faixa de Gaza
- Seqüestro e morte de Eloá
- Fechamento da Nuvem Nove
- Protestos na Grécia (fim de ano é jogo duro)


Melhores:
- Akinator.com (atendendo a pedidos. Deve ser mais ou menos isso. É o site do gênio adivinhão)
- Redução do IPI para os carros novos
- Vendi o meu carro