terça-feira, 8 de outubro de 2013

Embalagens


Como alguém já disse antes, existem 2 tipos de curativo: o que não gruda e o que não sai.
Sachês, por exemplo. Impossível abrir sem esparramar o conteúdo. Ou impossível abrir sem a ajuda de uma tesoura ou facão. Ou simplesmente impossível abrir.
Data de validade. É preciso girar, girar, girar, até achar.
Tampinha de garrafa PET. Se apertar de menos, sai o gás. Se apertar demais, só com a ajuda de um saca-rolha. Tampa de maionese, não importa se é sentido horário ou anti-horario, você jamais vai conseguir destravar.
E código promocional em baixo-relevo? Aquele que você só consegue enxergar debaixo de uma luz ultra-violeta?
Latas de sardinha ou produtos em conserva, aquelas com abridor automático, um convite ao merthiolate.
Desodorante: o que fazer com o botão? Apertar? Girar? Puxar? Quebrar?
Leite longa-vida, pacote de salgadinhos, frasco de perfume, invólucro de medicamentos, bebida pronta e todas as bugigangas que recheiam nosso universo de consumo. Decifrar embalagens é coisa pra iniciados. E a prova contundente de que nossos engenheiros de produto são feras em polímeros, mas não entendem nada de produto.

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