quinta-feira, 16 de junho de 2022

Armadilha Explosiva

Quando se pensa em filmes franceses de ação, nos vêm à cabeça as megaproduções capitaneadas por Luc Besson. Armadilha Francesa é, de fato, produzido pela equipe do cineasta. Só que aqui não rolam cenários futuristas, assassinos de aluguel ou perseguições de carros. A relação do filme com automóvel é diferente.

Tudo se passa num estacionamento de prédio residencial. Fred tenta ligar seu carro de manhã e não consegue. Sai do veículo e quem se incumbe disso é sua companheira Sonia. Ao fazer isso, Sonia ativa uma bomba-relógio escondida no motor, que inicia a contagem regressiva de 30 minutos até o momento da explosão.

O cenário está todo ali. Um casal, dois filhos pequenos dentro do carro e uma equipe de colegas de profissão de Sonia, especialista em desarmar minas. Essa delimitação de espaço quase minimalista, entretanto, não tira o suspense. Pelo contrário. O diretor e roteirista Vanya Peirani-Vignes mostra-se habilidoso em criar tensão suficiente com poucos recursos e dimensões cênicas mais contidas. Aqui neste caso, menos é mais.


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