Filme de época parece ser sempre a mesma coisa. O tratamento estético, os diálogos rebuscados, a maneira de se registrar a realeza, tudo nos faz acreditar que estamos assistindo sempre ao mesmo longa-metragem.
A Favorita do Rei não foge muito à regra. Aqui temos Jeanne Vaubernier, uma jovem de origem humilde, determinada a sair da sua condição social usando seus encantos para se tornar uma cortesã do palácio real. Seu amante, o conde Du Barry, que se beneficia muito dos relacionamentos lucrativos de Jeanne, decide apresentá-la ao Rei para um caso extraconjugal. Com a ajuda do influente duque de Richelieu, ele organiza o encontro. Contra todas as expectativas, Luís XV (papel de Johnny Depp marcando sua volta ao cinema) e Jeanne se apaixonam. Com a companhia da cortesã, o Rei não consegue mais ficar sem ela e decide torná-la sua favorita oficial, causando um escândalo para a alta corte.
Mesmo que traga a prostituição como pano de fundo, o filme não mergulha em sua crítica social. Até esbarra em situações irônicas, como a ridicularização dos obrigatórios passinhos pra trás ao se despedir do monarca. Mas é só um esbarrão. A Favorita do Rei não carrega força suficiente para alfinetar os costumes da época e deixa tudo meio sutil. Igual à maioria dos congêneres.

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