sexta-feira, 23 de junho de 2023

Ao Seu Lado

Um jogador lesionado de rúgbi do time da liga principal é selecionado para jogar num time da liga secundária como parte de sua recuperação. Em determinado momento, ele se apaixona por um outro jogador da mesma equipe. Porém, ambos são casados e tentam esconder essa relação, não só de seus próprios parceiros, mas também dos companheiros do time. 

Apesar de ser lançado no mês do Orgulho LGBTQIA+, o filme não coloca a homossexualidade como uma questão. Diferentemente de outros filmes lançados comercialmente, esse tema não é tratado como um tabu. Todos os demais jogadores apresentados na tela (ou pelo menos a maioria deles) também são gays. Convivem em ambientes liberais, bares e boates temáticas. Nesse aspecto, não existem conflitos.

O que o filme coloca em xeque é a traição, a infidelidade conjugal e suas consequências. Valores que poderiam ser retratados, inclusive, em relações heterossexuais. 

Apresentar ou vender esse longa como "filme de nicho" pode até despertar  uma curiosidade no espectador, que eventualmente tende a criar expectativas sobre assuntos específicos ligados ao tema. Por outro lado, corre o risco de cair no ostracismo e ser ignorado pelo grande público, já que nada mais é do que "mais um filme de amor proibido".

E sim, o filme não avança em maiores dilemas a não ser o que está descrito na sinopse. A cena inicial, uma disputa acirrada pela bola durante um jogo, atletas se sujando de lama do gramado, escorregando, caindo, pode até ter em si uma força bruta. Mas essa força não se sustenta. Ao Seu Lado é um filme melodramático, que exagera um pouco nas tintas e deixa essa potência para segundo plano.

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