quinta-feira, 31 de julho de 2008

Tropicália extraterrestre

Até hoje estou tentando entender exatamente o que foi a gestão Gilberto Gil no Ministério da Cultura. Pra mim, é uma figura além do seu tempo, do seu espaço. O que mais se diferenciou diante de uma galeria de palhaços-marionetes que compõem o Governo Lula. Gil é um performático, e parece que tratou a sua pasta como um show, um efêmero espetáculo de sons e luzes, à espera do aplauso da população. O musipoeta não se curvou à burocracia monárquica d’El Rei Inácio, e parece que não deu muita importância a atas, editais e insípidas Leis de Incentivo. O Velho Baiano saiu como entrou: musicou um discurso astrologicamente incompreensível, hermético e auto-referente. Agora, volta a se dedicar integralmente à cosmogônica baianitude berimbalesca de sua carreira-solo. Mas afinal, não era isso que ele vinha fazendo durante seu cargo público?

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